Artigo sobre o uso de drogas no Brasil em 2021
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Fique por dentro do uso de drogas no Brasil em 2021. Essas informações são importantes para todos que querem se aprofundar no assunto.
O Brasil ficou em último lugar no Global Drug Policy Index.
O estudo, que é avaliado por 30 países, foi elaborado pelo Harm Reduction Consortium, que associa organizações que defendem
o chamado políticas de redução de danos destinadas a abrandar os efeitos negativos do uso de drogas.
O índice mede a conformidade da política de drogas, tanto no papel quanto na prática, com os princípios dos direitos humanos, saúde e desenvolvimento das Nações Unidas.
A pontuação varia de 0 a 100.
O Brasil obteve apenas 26 pontos. Isso é quase metade da média dos países avaliados, 48 pontos.
A Noruega obteve a maior pontuação com um total de 74 pontos.
Uganda e Indonésia estão entre os três primeiros, junto com o Brasil. Entre os melhores, a Noruega junta-se à Nova Zelândia e Portugal.
E isso não é surpresa.
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Desde 2006, o uso de drogas no Brasil é considerado um crime potencialmente ofensivo que não pode levar à prisão.
Em outras palavras, o uso de drogas continua sendo crime, mas as sanções nesse caso não implicam em restrição de liberdade.
O Uso de drogas no Brasil
O tráfico de drogas é punível com prisão.
O maior problema é que a lei não prescreve as quantidades de drogas que distinguem entre o que é consumo e o que é comércio, cabendo ao Judiciário determinar caso a caso.
O aumento do uso de drogas na quarentena
A pandemia do novo coronavírus irá deixar profundas consequências em todos os setores da sociedade, mas algumas pessoas sofrerão ainda mais: as que usam drogas.
Durante os meses de isolamento social, hospitais de várias regiões do país presenciaram um triste fenômeno.
Segundo um levantamento realizado pelo veículo da (VEJA), houve um aumento significativo de ligações de pessoas viciadas em produtos químicos durante a quarentena.
Dados do Ministério da Saúde demonstram que nas redes credenciadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o auxílio ao uso de alucinógenos aumentou por volta de 54% de março a junho, em relação ao mesmo período do ano passado.
De todos os ângulos que você poderá olhar, este é um avanço incrível. Na história recente, tais aumentos raramente foram registrados, o que surpreendeu até mesmo os profissionais da área da saúde.
Várias razões têm explicado o aumento do uso de drogas durante uma pandemia. A primeira é óbvia: a depressão da crise de saúde mais traumática que a humanidade enfrentou em pelo menos um século.
O confinamento extremamente solitário de longo prazo para algumas pessoas, o medo da doença e da morte, a perda do emprego,
a queda da renda e a incerteza brutal sobre o futuro não apenas causam tormento natural, mas essa tortura psicológica também leva muitas pessoas ao desespero.
Outro motivo para o aumento do uso de drogas nos últimos meses é o efeito direto das restrições à circulação.
Como muitos grupos de apoio estão fechados, impossibilitados de se reunir frequentemente, as pessoas que precisam de ajuda não conseguem encontrar o apoio de que precisavam e o braço amigável que costumavam ter.
Pobreza, a baixa escolaridade e a marginalização social continuam sendo fatores importantes que aumentam o risco de desenvolver
transtornos por uso de drogas.
Além do mais, grupos vulneráveis e marginalizados também poderão enfrentar barreiras no acesso a serviços de tratamento devido à discriminação e estigmas.
O grande crescimento dos jovens no mundo das drogas
Os resultados dessa pesquisa revelam, por exemplo, que 3,2% dos brasileiros usaram substâncias ilícitas nos 12 meses anteriores à pesquisa, o que corresponde a aproximadamente 4,9 milhões de pessoas.
Esse percentual é muito maior para os homens: 5% (1,5% para as mulheres). E entre os jovens: 7,4% dos 18-24 anos usaram drogas no ano anterior à entrevista.
A substância ilícita mais consumida no Brasil é a maconha: 7,7% dos brasileiros de 12 a 65 anos já usaram ao menos uma vez na vida. A cocaína em pó está em segundo lugar: 3,1% já consumiram.
Nos 30 dias anteriores à pesquisa, 0,3% dos entrevistados admitiram ter usado esse medicamento.
Cerca de 1,4 milhão de pessoas de 12 a 65 anos relataram usar crack e similares em algum momento da
vida, correspondendo a 0,9% da população pesquisada, com a diferença marcante entre os homens (1,4%). e mulheres (0,4%).
Nos últimos 12 meses anteriores ao estudo, 0,3% da população relatou fazer uso desse medicamento.
No entanto, o relatório da pesquisa ressalta que esses resultados devem ser abordados com muita cautela, já que o inquérito
domiciliar não inclui pessoas que são usuárias e não possuem residência habitual ou estão em situações especiais, como morar em abrigo ou presídio.
Fatores de risco – O Uso de drogas no Brasil
Falta de oportunidades socioeconômicas para construir um projeto de vida, fácil acesso a drogas legais e ilegais, leniência em relação
a certas drogas, falta de incentivos para que os jovens participem do trabalho social, descumprimento das regras e regulamentos que regem o uso de drogas.
Fatores preventivos
A existência de oportunidades de estudo, trabalho, lazer e integração social que permitam ao indivíduo realizar seu projeto de vida.
Controle efetivo do tráfico de drogas legal e ilegal.
Reconhecimento comunitário e reconhecimento dos princípios e leis que regem o uso de drogas.
Incentivos à participação dos jovens em algum trabalho social.
Realização de campanhas e ações para auxiliar no cumprimento das normas e leis que regulamentam o uso de drogas.
Risco de morte – Uso de drogas no Brasil em 2021
A percepção dos brasileiros sobre as drogas representa um risco maior de uso de crack do que o álcool: 44,5% acreditam
que a primeira é a droga com maior número de mortes no país, enquanto apenas 26,7% colocariam o álcool no topo da lista.
Mas grandes estudos sobre o assunto, como o Estudo de Gravidade de Doenças da Organização Mundial da Saúde, (OMS / OPAS)
esclarecem todas as dúvidas: o álcool é a substância mais direta ou indiretamente relacionada aos danos corporais que levam à morte.
No entanto, tanto o álcool quanto o crack representam grandes desafios de saúde pública. Os jovens brasileiros estão usando drogas com maior potencial de dano e risco, como até mesmo o próprio crack.
Além disso, há uma certa tendência ao uso de vários medicamentos [usando medicamentos diferentes ao mesmo tempo].
Por isso é de suma importância atualizar os dados epidemiológicos disponíveis no país para responder questões como
o uso de drogas, que em um país tão enorme como o Brasil está se tornando ainda mais complexo.
O terceiro levantamento nacional sobre o uso de drogas pela população brasileira começou com um
concurso público anunciado em 2014 pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) do Ministério da Justiça e Segurança Pública.